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PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DO ENFERMEIRO: qual o envolvimento do estudante de enfermagem nesse processo?

Dando continuidade a nossa série sobre os processos de trabalho em enfermagem, nesta semana apresentaremos o tema PARTICIPAR POLITICAMENTE.


Muitos estudantes de enfermagem não percebem que este processo está presente diariamente na sua formação profissional e, ainda não compreendem o que é participar politicamente no dia-a-dia do trabalho do enfermeiro.


O enfermeiro, em seu processo de trabalho, articula em suas atividades o conhecimento teórico-conceitual às situações concretas vivenciadas. Precisa demonstrar habilidades e competências para unir as funções de assistência, de educação e de gestão nas ações de cuidado. Isso, nos mostra que o enfermeiro está envolvido em todas as etapas do processo de trabalho em saúde: na administração, organização, coordenação, acompanhamento, tomada de decisão e avaliação das ações desenvolvidas. Para tanto, exige conhecer, opinar, participar, decidir, intervir sobre as diretrizes sociais e políticas em que as ações de trabalho estão envolvidas. Assim, a dimensão política do enfermeiro está estabelecida pela capacidade de mobilizar grupos sociais de acordo com as demandas, necessidades e interesses da equipe e dos pacientes (Persegona et al; 2009).


Por isso, se engana quem pensa que participar politicamente significa filiar-se a um órgão de classe, organizações que se dedicam a defesa de direitos civis ou a um partido político. Quando pensamos na palavra política, no sentido figurado, podemos dizer que se trata de uma habilidade no relacionar-se com os outros, tendo em vista a obtenção de resultados desejados, muitas vezes provenientes de um problema vivenciado pela sociedade ou grupo. A política atua de uma forma que, a cada problema solucionado, um novo conflito ou uma nova luta podem surgir, exigindo novas soluções. Ao invés de reprimir os conflitos pelo uso da força, a política aparece como trabalho legítimo para a resolução de muitos problemas.


Vamos trazer esse conceito para dentro da sala de aula de um curso de enfermagem. Já parou para pensar que ao eleger um representante de turma esse estudante está sendo escolhido para defender os interesses da sala de aula como um todo? Ao eleger esse estudante, muitos não percebem que esse representante vai desenvolver um papel político, pois é este estudante que irá levar os problemas e as soluções apresentadas pelo grupo ao professor ou coordenador do curso. Todos envolvidos nessa situação estão participando politicamente do processo e, ao mesmo tempo, aprendendo a desenvolver competências que irão ajudar na sua vida profissional.


Quando queremos transformar a realidade em que estamos inseridos, é preciso exercer sobre o objeto da participação política, que em nosso caso, está organizado pela força de trabalho em enfermagem e sua representatividade social, que tem nas entidades de classe sua concretização, como por exemplo, ABEn (Associação Brasileira de Enfermagem) e COFEN (Conselho Federal de Enfermagem).


Quando o enfermeiro se posiciona politicamente no ambiente de trabalho, ou quando os estudantes os fazem em bancos escolares, organizando-se para discutir e conquistar melhores condições ou soluções de problemas, constitui o embrião da possibilidade de transformação sobre o objeto em foco e, isso é mais importante que a filiação meramente burocrática e descompromissada, compulsória ou não, a órgãos de representação, pois representa fidelidade à finalidade do processo de trabalho participar politicamente (Sanna; 2007).


E você estudante de enfermagem tem feito sua participação política? Conte sua experiência.



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